Textos de Alberto Moreira Ferreira
Florbela, cá o tempo continua bom, inalterável, o arquiteto é o mesmo, os comboios continuam cinzentos, e as máquinas a impor a morte pelo norte. No quadro sinótico as árvores continuam presas aos relógios invejando asas depreciando a liberdade e enquanto somos apontados, comboios matam pássaros para comer. Pois dirão que perdi o juízo, que enlouqueci, os armadores dizem o que é preciso para comer. Quando eu morrer Florbela, e conto morrer um dia, jamais dirão do corindo do sol e da lua, encobrirão o morto com mais um saco, a manipulação, as portas cerradas por meio de trancas coração, a indiferença, a dor infligida deliberadamente, sequer mostrarão as icérias míopes por uma peçonha, surdos mudos argumentam com a razão e quanto à verdade, a verdade é o diabo. Passaram-se tantos anos e continuamos no jardim dos acúleos sob a égide da gula, da estatueta endeusada, hoje mais bem vestida, maquilhada, e eu, sou mau, muito e voo amor, sonho ouso morro e… vi vá
Viva a liberdade princesa.

"Rock´N Roll Brides Basquiat Espanca"