Textos de Alberto Moreira Ferreira
Na companhia dos utensílios da nova cozinha o mesto do ser mal amado é o teu almoço. E que fazer aos relógios que se decompõem da assombração das suas horas e se afastam do dia mais morigero da palavra! Hoje não queres comer, tens perdido a fome e a sede de matar. Precisas desobedecer. Queres sentir de novo a sensação de bem-estar e voltar a ti no reflexo do vinho doce doce de amor. Hoje não bebes do poço. Vai ao mar dizer-lhe o quão bizarro és, e à lua, rosa, que amas.