Textos de Alberto Moreira Ferreira
Tal a inocência, o poema torna-se
transparente, e o seu voo é visível,
inadiável. A ave não tem contas,
soletra apenas o murmúrio do mar, a força das ondas,
suprindo os areais, tem uma vontade
insaciável de nós e todas as suas partículas são castas.
Lá haverá caixas cinzentas, cá há somente quem
se mova debaixo do chão adiar a última chegada
ao porto

"Bordão-de-são-josé"