Textos de Alberto Moreira Ferreira
Bêbado sem tocar no copo, embriagado pela intensidade,
completamente alcoolizado do desejo, que era segredo,
pedrado de amor porque os pássaros também se perdem,
entregaste a arma à flor de todas as tuas inspirações e ela,
não hesitou. Depois de morto perguntaste-lhe porquê, e,
nunca mais obtiveste resposta, ela estava decidida a fugir.
Tinhas tão boa vontade, cegaste confiaste e conheceste a
escuridão. Há dias tão maus. Depois enterraste-te fundo e
com esses que a terra comeu, nunca mais viste a luz do sol.
Será
que não morreste pela mão dela com o teu dedo no gatilho?
Estavas com uma pedra que nem seguraste o coração e nem te
lembraste que a precipitação causa um grande estrago à vida.
Ela é letal. Sempre lhe deixaste o tal livro na caixa de correio!
Quantas histórias... de amor?!