Textos de Alberto Moreira Ferreira
Como sobreviver ao silencio
À presente falta de calor
Ao exílio à distância das pedras acesas
Que nos confundem com buracos
Das sombras do fundo do mar
Que não morrerão contigo, sequer com o fim do dia, com o fim da luta
Que fazer ao meio dia ameaçado pelo estado de quem está só
E torturado pelo retiro
Do fumo das portas a sete chaves
Pela luz que me alumia
Pelos ossos pelas rugas
Pela barba de bode das casas habitadas tantas vezes de braços abertos,
Das árvores, de mãos dadas, à erva da fortuna
Fechadas a corvos brancos e pretos envelhecidos pelo tempo como eu
E tu -
Quando aprendemos amar nos livros
Permite-me dizer-te que não sei
Nós não somos iguais e eu nem possibilidade tenho
De me tirar daqui, e hoje, já
Ninguém morre de solidão

A Rosa Negra de Halfeti